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[Re]encantar o mapa: fantasmas, imaginários, prefigurações
Reencantar o mapa significa questionar a razão cartográfica e desencadear uma outra imaginação através do poder evocativo, prefigurativo e estratégico do mapa como instrumento de produção de novas conexões afetivas, estéticas e políticas. Este trabalho coletivo apresenta um conjunto de reflexões e experiências radicais sobre o reencantamento cartográfico, através do olhar académico, ativista e artístico. Utilizando diferentes metodologias, abordagens e lugares, os capítulos demonstram as variadas potencialidades de representação e narrativa que o ato de mapear é capaz de produzir, seja através das coisas que registra e revela, seja do que silencia e não deixa ver, bem como das relações afetivas que consegue gerar. Os contributos e experiências navegam por diversos territórios físicos e etéreos, com especial prevalência das conexões entre Portugal e Brasil, sinalizando as ambivalências passadas e as perspectivas futuras das linhas traçadas entre esses países.
Organização: Gabriela Leal, Andrea Pavoni e Ricardo Campos
Fora de Jogo | 2024
Preço: 15€
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O anarquismo e a arte de governar. Portugal (1890-1930)
O anarquismo foi uma das culturas políticas mais activas na sociedade portuguesa das primeiras décadas do século XX. No seu projecto de ruptura radical com as instituições dominantes, gerou novos saberes e práticas e dialogou com os paradigmas científicos, administrativos e políticos que procuravam conhecer e governar a população. Este livro pretende contribuir para o conhecimento do anarquismo e da sua inserção na sociedade portuguesa. Para isso, foca-se nos saberes, discursos, práticas e técnicas que serviram a constituição de um sujeito anarquista na sua relação consigo e com a sociedade. No fundo, procura perceber que tipo de actor social o anarquismo procurou produzir para concretizar o seu projecto de transformação social e política, tornando possível a milhares de pessoas imaginar um mundo “sem deuses nem amos”, fundado na solidariedade, na liberdade individual e na igualdade social.
Autor: Diogo Duarte
Prefácio: José Neves
Fora de Jogo | 2024
Preço: 15€
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Libertar o futuro. Textos políticos 1916-1926
Uma curiosa ironia da história levou a que os textos que garantiram, a seu tempo, a reputação pública de Antonio Gramsci e que, por fim, contribuíram para a sua prisão, sejam hoje em dia menos conhecidos do que as obras redigidas na clausura da prisão. Os textos reunidos nesta antologia trazem o sabor da atualidade; a atualidade sendo aqui o tempo compreendido entre 1916 e 1926, em que se sucederam as tragédias e equívocos da Grande Guerra, as ilusões e reveses dos movimentos populares do pós-guerra e a emergência furiosa do fascismo nos anos 1920. Seja pela polémica, seja pela crítica, Antonio Gramsci acompanha todas estas vicissitudes da história italiana e europeia, comentando a Revolução Russa ou sistematizando as lições dos conselhos operários de Turim, debatendo com Mussolini ou verberando as anquilosadas estruturas sindicais da época.
Autor: Antonio Gramsci
Selecção e introdução: Bruno Monteiro
Revisão e notas finais: Franco Tomassoni
Fora de Jogo | 2024
Preço: 15€
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Uma nova história do novo cinema português
Este livro propõe uma reflexão sobre o cinema em Portugal durante o Estado Novo. Relaciona a oposição entre “velho cinema” e “novo cinema”, atendendo ao processo de internacionalização da cultura portuguesa e o seu impacto na circulação e apropriação artística e cultural. A introdução do conceito de “modo de produção” procura contribuir para uma revisão historiográfica deste tema, contrariando uma visão dominante que desconhece, desconfia ou ignora fontes históricas que são fundamentais para revelar as relações entre o poder político, a prática cultural e a indústria cinematográfica neste período.
Autor: Paulo Cunha
Fora de Jogo | 2024
Preço: 10€ em pre-venda